Para ser um jovem útil a sociedade não é preciso ser um DeMolay, mas para ser um DeMolay é preciso ser um jovem útil a sociedade.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O QUE NA VERDADE É SER LÍDER ?


Muitas vezes me deparei com essa pergunta, o que se espera de um líder? Seria um líder um individuo que conduz a todos? Seria ele um individuo que conhece muitos? Nenhuma dessas respostas satisfaz plenamente o perfil que procuro traçar sobre liderança. Há um arcabouço de ideias e ideais muito mais profundo que a simples contemplação da descrição plástica que damos aos lideres que nos conduzem.

Hoje encaro um líder sob algumas óticas, importadas ou não das leituras, e todas elas me apontam para um indivíduo consciente da natureza humana, com suas falhas e qualidade, um ser contemplativo que procura conhecer as necessidades dos que o cercam antes de impor sua liderança. Na obra O MONGE E O EXECUTIVO conhecemos a figura de liderança compartilhada, onde o líder perde o caráter impositivo e se permite construir conjuntamente com seus subordinados, onde o ensinamento primo é a da liderança carregada de modéstia, sem definição alusiva e despótica do “Líder-Senhor” para o “Líder-Companheiro”. Outro ponto chave da liderança está na figura de um líder conhecedor de suas falhas, um buscador de aprimoramento e que se permite sugerir e ser sugestionado, aceitando e acatando as críticas e construções que forjam no seu ego um humano consciente de suas limitações e a incrível ausência de limites para o trabalho coletivo.

Um conceito que talvez chamou grande atenção durante toda minha vida diz respeito a figuração do líder. Creio hoje em dia que tenhamos dois tipos de indivíduos, os que querem ser lideres, e os que já o são por natureza. No tocante a natureza dos que querem ser lideres, atento a o detalhe de que não estou excluindo nem desclassificando ninguém, vejo que eles procuram alcançar o reconhecimento como tal através do uso de artifícios sórdidos, como a bajulação e outras ferramentas que cativam o coração humano. Vejo que eles agem sempre com o ideal cego de que podem se estabelecer num posto, numa situação que não lhes é natural, e que trás a longo prazo prejuízo a toda cadeia de comando que ele busca construir, hora por sua falta de habilidade natural na condução das relações humanas, hora pela seu desinteresse real nos problemas que cercam o fator humano envolvido, sejam os problemas ou falhas dos que ele lidera.

Tais apontamentos não podem ser tomados quando falamos do líder nato. Por se tratar de sua natureza é comum que ele busque conhecer a situação e o gravame que está envolvido no semblante dos que o cercam, ele busca uma maneira de melhorar o outro para otimizar sua função, uma vez que o líder acredita na construção coletiva, e nunca na individualidade eficaz das ações. Não que ele venha a desconhecer qualidades e características únicas dos comandados, mas ele pode perceber como melhor funciona a integração dessas qualidades, como melhor agir para juntar a engrenagem a força motriz.

Finalizo então meu texto respondendo de forma simplificada o que acho que seja um líder: “Um homem, nada mais que isso. Mas um homem sensível aos que estão próximos a ele e que entende que nada é por acaso, nem as pedras do rio, nem as árvores nos rochedos, tudo tem um lugar e uma razão, então tudo tem de estar integrado, tem de haver respeito e cumplicidade para que o tudo sempre possa trabalhar para crescer. Um homem que enxerga além do que é dito e que busca valorizar os que o cercam de forma a não abandonar seus princípios nem corromper os outros.”


Escrito pelo Ir. Jorge Lima

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